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Matéria publicada no Jornal O Tempo, 28/02/2012 - Belo Horizonte MG

Estamos dispostos a pagar por bons mestres 

MANOEL MESSIAS SANTOS SOBRINHO - Mestre em educação tecnológica

Criado em 2006, o movimento "Todos pela Educação" tem como objetivo expresso "contribuir para que o Brasil garanta a todas as crianças e jovens o direito à educação básica de qualidade". No ano passado, o movimento lançou a campanha "Um bom professor, um bom começo", que visava a ressaltar a importância do professor na formação de todos os membros da nossa sociedade. Sou professor e percebo que muitos de meus colegas estão insatisfeitos com a profissão que escolheram. Talvez, muitos deles tenham escolhido a profissão errada e realmente devessem tentar atuar em outra área. No entanto, a opção pelo magistério pode ter ocorrido justamente por terem tido um bom mestre no seu tempo de escola.

A engenharia civil, formadora de um profissional hoje disputado e valorizado devido ao aumento do número de obras no país, estava, até pouco tempo, entre os cursos pouco procurados nas universidades. Os bons salários pagos hoje aos engenheiros, mesmo ainda estagiários, não      assustam ninguém. A sociedade tem demanda por bons professores, mas estamos dispostos a pagar por isso? Um colunista da "Veja" prega que não há relação entre a qualidade do ensino e o salário do professor. Muitos governadores concordam com ele, já que fazem campanha contra o reajuste de 22% previsto para o piso nacional dos professores de nível médio. Acreditamos nessa visão? Um prédio erguido por um engenheiro sub-remunerado é confiável?

 


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