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UDEMO | 12/07/19 17:20 | Atualizado em 22/07/19 9:03


Os Projetos e Programas da
Secretaria da Educação

Mais uma vez, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – OSESP – foi destaque nos noticiários nacional e internacional, executando a Nona Sinfonia de Beethoven, na Sala São Paulo. A Nona Sinfonia tem um grande final, com cordas, percussão, metais e vozes. É uma ode à alegria. Essa sinfonia é sempre escolhida pelos maestros, pela certeza de que ela agrada até mesmo os que não são aficionados pela música clássica. Transpondo para o mundo do trabalho, ela é o programa que tem tudo para dar certo.

De renome internacional, a OSESP é composta por 120 músicos, todos de excelente qualidade – com seus instrumentos caríssimos -, e se apresenta acompanhada do Coro da OSESP, Coro Sinfônico do Estado de São Paulo, também um dos melhores do mundo, com cerca de 60 vozes. A Orquestra já viajou o mundo todo e conquistou prêmios em vários países onde se apresentou. A atual Regente Titular, Marin Alsop, formada pela Universidade de Yale (EUA), é também Diretora Musical da Sinfônica de Baltimore (EUA). Dentre todos (as) regentes, é considerada uma das melhores.

A Sala São Paulo foi a primeira sala de concertos do Brasil, considerada uma das melhores do mundo desde a sua concepção. Acústica perfeita, beleza, adequação, limpeza, conforto e manutenção são algumas das suas características.

O público presente nas apresentações da OSESP é altamente motivado. São pessoas que têm muita afinidade com a música clássica e que assistirão, confortavelmente, a uma já esperada grande apresentação.

Portanto, estamos falando de excelências: a Nona Sinfonia de Beethoven, a orquestra, o coro, a Regente, a sala perfeita, o público motivado. Tem tudo para dar certo !

Agora, vamos imaginar essa mesma Sinfonia, executada por profissionais não qualificados, com instrumentos de baixa qualidade, numa sala improvisada – com péssima acústica, suja, sem conforto, sem manutenção -, e para um público desmotivado. O resultado não poderá ser o mesmo ! A culpa será da Nona Sinfonia ? Não ! Transpondo para o mundo do trabalho, neste caso, a Sinfonia é o excelente programa mas que tem tudo para dar errado. O programa certo na hora e no local errados.

Com os devidos descontos, e nas devidas proporções, essa é a comparação que fazemos com os programas e projetos da Secretaria da Educação. Na essência, eles têm tudo para dar certo, mas na realidade eles esbarram nas limitações das escolas públicas, nas quais serão implantados. Na Sala São Paulo, ou seja, numa escola de excelência, esses projetos seriam um sucesso. Já na sala improvisada, e sem os recursos necessários, eles correm o risco de não terem o resultado esperado. 

A Udemo não é contra os projetos da Secretaria da Educação; a Udemo quer o melhor para os alunos da rede pública estadual. Porém, para que esses projetos sejam excelentes, é necessário, antes, criar as condições de excelência: gestores e professores motivados, treinados e capacitados; instrumentos e materiais apropriados; infraestrutura adequada, ambientes limpos e confortáveis.  

A chave do sucesso, portanto, está em começar pelo começo ! E não ter pressa de chegar lá. Em educação, nada é para amanhã. Tudo é para 15, 20 anos. Para amanhã, apenas os salários dos professores, para que eles continuem vivos e motivados durante esses 15, 20 anos !

Um detalhe: apesar de já ter 65 anos, a OSESP ganhou o atual status de grande orquestra internacional a partir de 1997, com uma nova sede (a Sala São Paulo) e melhores salários para os músicos que, agora, podem se dedicar integralmente a ela.

 


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