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Declarações do Presidente da UDEMO sobre SARESP e Bônus Matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, de 14/04/09 Nenhuma
escola de ensino médio atinge meta em SP Dados do Saresp mostram que unidades de 6ª e 8ª séries também ficaram com desempenho abaixo da meta em português e matemática FÁBIO TAKAHASHI Nenhuma escola estadual
da capital paulista que oferece sexta e oitava séries ou ensino
médio tem médias consideradas adequadas em português
e matemática, conforme critério da própria Secretaria
da Educação. Na quarta série, apenas dez unidades
atingiram o patamar. O governo José
Serra (PSDB) mantém 580 escolas com quarta série na capital
paulista; 632 têm sexta; 619, oitava; e 588, ensino médio
(antigo colegial). Os dados estão
presentes no Saresp, exame anual aplicado pelo Estado, cujos resultados
foram divulgados na semana passada. A tabulação dos resultados
das unidades na capital foi feita pela Folha. Ontem, durante a posse
do novo secretário da Educação, Paulo Renato Souza,
Serra afirmou que, "em questão de prédios, de merenda,
de transporte, a situação é de boa para excelente.
As professoras são muito simpáticas, e os alunos têm
vontade de aprender. Mas isso não está acontecendo."
O tucano apontou como ações para a melhora da qualidade do ensino a criação de materiais pedagógicos e a bonificação por desempenho (pago aos educadores a partir do resultado de sua unidade) -projetos já em andamento. Já o novo secretário da Educação afirmou que "os resultados estão melhorando. O problema é que muitas vezes espera-se grandes mudanças em pouco tempo." Salários O presidente da Udemo
(entidade que representa os diretores de escolas), Luiz Gonzaga Pinto,
afirmou que "é preciso uma mudança na estrutura
da escola pública". Ele diz que os principais pontos
são fixar o professor em uma escola e pagar melhores salários.
"É preciso uma política para entusiasmar o pessoal".
Para ele, o pagamento do bônus por desempenho foi um "desastre". "Cerca de 30% dos educadores não vão receber nada e ficaram muito desanimados. Outros estão em escolas com boas notas, mas vão ganhar menos do que em outras com piores desempenhos." O mecanismo criado pelo governo prioriza as unidades que melhoraram em um ano, não necessariamente as que têm os melhores desempenhos. Colaboraram JULIANA CARIELLO, DANIELA MERCIER, MAURÍCIO MORAES, MÔNICA RIBEIRO E RIBEIRO E IGOR GIANNASI
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