Greve:
resultado da "negociação"
Na sexta-feira, dia 26, durante a manifestação
no Morumbi, o governo chamou as entidades "para negociar". Nós
já conhecemos essa história. De qualquer forma, foi uma
vitória para nós, ou uma derrota para eles, que tiveram
de admitir a força e a pressão do nosso movimento.
O resultado da "negociação", como
já era esperado, foi nenhum!
Os representantes das entidades foram recebidos pelos
Secretários Adjuntos da Secretaria da Educação e
da Casa Civil - nem sequer os titulares da Pastas apareceram - para ouvir
deles o seguinte:
"o governo
já fez um esforço enorme para incorporar a GAM, não
sendo possível conceder mais nada a título de reajuste,
neste momento. De qualquer forma, se as entidades concordarem em encerrar
a greve, nós podemos voltar a negociar."
Observações:
1. Por que as entidades não foram recebidas pelo
próprio Governador, ou, na impossibilidade, pelos titulares das
Pastas, incluindo o Secretário da Educação?
2. Que "esforço enorme" foi, para o Governo,
incorporar a GAM, uma vez que o dinheiro usado para isso é o mesmo
que já vinha sendo gasto com o seu pagamento?
3. Por que condicionar a "retomada" das negociações
ao encerramento da greve? Chantagem?
4. Por que usar a expressão "retomada das negociações",
se elas nunca aconteceram?
5. Finalmente, por que falar em "negociação",
quando já se anuncia, previamente, que o governo "não
tem mais dinheiro" para gastar com a educação?
Conclusão: esse governo não é
sério! Serra não gosta de professor!
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Decálogo
a
ser seguido pelos gestores para a solução dos problemas
de infra-estrutura das Escolas Públicas Estaduais
1
Se não houver merendeira na escola,
não será fornecida a merenda;
2
Se não houver pessoa responsável
pela Biblioteca, ela permanecerá fechada;
3
Se não houver pessoal de secretaria,
de acordo com o módulo, não haverá entrega
de documentos na DE;
4
Se não houver verba para compra
de material e manutenção da sala de informática,
o local não será utilizado;
5
Se não houver recursos para reparos e vazamentos
no prédio escolar,
não haverá consertos;
6
Se não houver recursos para pintura do prédio, o prédio
não será pintado;
7
Se não houver verba para a contratação
de contador para as escolas, não haverá prestação
de contas à FDE;
8
Se não houver verba suficiente para a contratação
de funcionários pela CLT,
o dinheiro será devolvido;
9
Se a mão de obra provisória
não for qualificada, será recusada;
10
Se as festas não tiverem o objetivo de integrar
a escola à comunidade, não serão realizadas
A
nossa escola é, por previsão constitucional, pública
e gratuita. Portanto, ela tem de ser custeada pelos cofres públicos.
Todas
as omissões do Estado, com relação aos itens
acima, deverão ser objetos
de ofícios da direção às Diretorias
Regionais de Ensino, a fim de isentarem o diretor
de eventuais responsabilidades administrativas.
Toda e qualquer ameaça de punição aos diretores
associados da Udemo, por tomarem aquelas atitudes, será objeto
de defesa jurídica por parte do Sindicato, seguida de denúncia
ao Ministério Público e propositura de Ações
Civis Públicas contra o Estado, pelo não cumprimento
das suas obrigações para com as unidades escolares
e pelos prejuízos causados à comunidade escolar.
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