O
Discurso e a Prática
De novo, nas ruas, o Carnaval nacional, ou seja, a campanha eleitoral.
O nosso ex-governador, no lançamento da sua candidatura
à Presidência da República, já sapecou um chavão,
velho conhecido nosso:
"No país com que sonho para os meus netos,
o melhor caminho será a matrícula numa boa escola, e não
a carteirinha de um partido político."
Portanto, mais uma vez, a maior promessa de campanha
será a educação, a escola pública de qualidade
para todos, com seus professores bem remunerados.
A pergunta que não cala, e não precisa
calar, é a seguinte: no poder, como Governador do Estado mais rico
do Brasil, o que ele fez pela educação?
Basta lembrar que, em São Paulo, o estado
mais rico da federação, os profissionais da educação
recebem o 11º pior salário do Brasil.
Sem bons professores, nunca haverá boa educação.
Sem bons salários, nunca haverá bons professores. Os bons
vão para outras áreas.
O Carnaval nacional está nas ruas. Se alguém
aí quer ser o Rei Momo, ao menos que não nos veja como palhaços.
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Decálogo
a
ser seguido pelos gestores para a solução dos problemas
de infra-estrutura das Escolas Públicas Estaduais
1
Se não houver merendeira na escola,
não será fornecida a merenda;
2
Se não houver pessoa responsável
pela Biblioteca, ela permanecerá fechada;
3
Se não houver pessoal de secretaria,
de acordo com o módulo, não haverá entrega
de documentos na DE;
4
Se não houver verba para compra
de material e manutenção da sala de informática,
o local não será utilizado;
5
Se não houver recursos para reparos e vazamentos
no prédio escolar,
não haverá consertos;
6
Se não houver recursos para pintura do prédio, o prédio
não será pintado;
7
Se não houver verba para a contratação
de contador para as escolas, não haverá prestação
de contas à FDE;
8
Se não houver verba suficiente para a contratação
de funcionários pela CLT,
o dinheiro será devolvido;
9
Se a mão de obra provisória
não for qualificada, será recusada;
10
Se as festas não tiverem o objetivo de integrar
a escola à comunidade, não serão realizadas
A
nossa escola é, por previsão constitucional, pública
e gratuita. Portanto, ela tem de ser custeada pelos cofres públicos.
Todas
as omissões do Estado, com relação aos itens
acima, deverão ser objetos
de ofícios da direção às Diretorias
Regionais de Ensino, a fim de isentarem o diretor
de eventuais responsabilidades administrativas.
Toda e qualquer ameaça de punição aos diretores
associados da Udemo, por tomarem aquelas atitudes, será objeto
de defesa jurídica por parte do Sindicato, seguida de denúncia
ao Ministério Público e propositura de Ações
Civis Públicas contra o Estado, pelo não cumprimento
das suas obrigações para com as unidades escolares
e pelos prejuízos causados à comunidade escolar.
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