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Deu no que deu!

Alunos boicotando o Saresp; pais procurando o Ministério Público; a imprensa dando destaque inusual à matéria. Motivo: a falta de professores nas escolas do Estado. Não foi por falta de aviso. A Udemo, quando da discussão da Lei n.º 1.093/2009, alertou a Secretaria da Educação para a futura e próxima tragédia. Já faltavam professores na rede, devido aos baixos salários e às condições precárias de trabalho. Não bastasse isso, os “gênios” da S.E. criaram, com aquela lei, mais um obstáculo para a contratação de docentes: os professores contratados são dispensados em dezembro e têm de ficar um ano letivo “de quarentena”. Em resumo, quem trabalhou em 2010 não poderá trabalhar em 2011, mesmo que tenha trabalhado apenas um mês em 2010! Com essa restrição, quem vai querer assumir uma substituição de 30, 60 ou 120 dias, sabendo que, encerrada a substituição, não vai poder ser novamente contratado nos próximos duzentos dias letivos?

E, o que é pior, essa medida da SE não foi tomada “pelo bem dos alunos”, mas pura e simplesmente “por economia”. Na base da porcaria!

O resultado não poderia ser diferente: o problema da falta de professores, que já era agudo, agora tornou-se crônico.

Incompetência laboral, miopia administrativa e cegueira educacional na cúpula de uma Secretaria de Educação do estado mais rico e desenvolvido do país. O que mais esperar? Que esse pessoal matricule seus filhos e netos numa escola pública estadual?