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Matéria publicada na Folha de São Paulo, 10 de dezembro de 2010

Salário do governador de SP sobe 26%

Alckmin vai receber a partir de janeiro R$ 18,7 mil; Assembleia autorizou aumento também para vice e secretários

Acumulado da inflação desde 2005, quando teto do funcionalismo em SP foi reajustado pela última vez, é de 32,1%

FERNANDO GALLO
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vai começar seu mandato com um salário maior do que o recebido pelo atual governador do Estado, Alberto Goldman (PSDB).
A Assembleia Legislativa aprovou ontem o aumento dos vencimentos de R$ 14,8 mil para R$ 18,7 mil, um crescimento de 26,1%. A modificação começa a valer em janeiro de 2011.

O acumulado da inflação oficial de janeiro de 2005 a novembro de 2010, medida pelo IPCA, é de 32,1%.

Também subiram os salários do futuro vice-governador, que receberá R$ 17,7 mil, e dos futuros secretários de Estado, cujos vencimentos serão de R$ 14,9 mil.

O aumento dos salários beneficia 7.444 servidores do funcionalismo estadual, sobretudo os agentes fiscais de renda, que são 81% do total de impactados pela decisão.

O teto do funcionalismo no Estado -o salário do governador- não era reajustado desde janeiro de 2005. O aumento foi aprovado por acordo de todos os partidos, inclusive os de oposição.

NOVO SECRETARIADO
A mesma parceria, no entanto, não se repete quando o assunto é a montagem do próximo governo. Siglas da base aliada de Alckmin disputam o comando de secretarias mais robustas.

O PMDB, por exemplo, sinaliza interesse pela Secretaria de Saneamento e Energia, também cobiçada pelo PPS.

Os peemedebistas chefiam hoje a pasta de Desenvolvimento e Ação Social, que consideram esvaziada.

Para pressionar Alckmin, o partido promete cobrar a fatura pelos minutos de televisão que concedeu na campanha aos tucanos.

Nesse cenário, o mais provável, é que o PPS fique com a Secretaria do Trabalho. O nome do partido para o governo é do deputado estadual Davi Zaia.

Outra pasta em disputa é a de Esportes, pleiteada pelo PV, PTB e o próprio PSDB. Alckmin já sinalizou aos verdes a disposição em entregar a eles o Meio Ambiente.

Com isso, cresce a possibilidade de o PTB continuar com a pasta, que, nesse caso, não ganharia novas atribuições com a realização da Copa do Mundo de 2014.

A outra possibilidade é que o deputado Silvio Torres (PSDB), amigo de Alckmin, chefie a pasta, que, nesse caso, poderia ser vitaminada.

Fora da disputa entre aliados está a Secretaria de Planejamento, que será ocupada por um nome de confiança do governador e o cotado para o cargo é o deputado Emanuel Fernandes (PSDB).

Alckmin também deverá tirar de sua cota um nome para a Secretaria de Habitação. Há possibilidade de Andrea Matarazzo, atual secretário de Cultura, migrar para a chefia dessa pasta.

Comentário da Udemo:
Nada contra, desde que o mesmo índice seja aplicado também aos vencimentos de todos os profissionais da educação, inclusive os aposentados!