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UDEMO | 04/02/2022 | Atualizado em 4/02/22 11:02 P E I O que era para ser um programa de educação integral, com todos os seus benefícios, tornou-se uma mera propaganda eleitoral intensiva, com todos seus malefícios. Parece que para o governador, o vice-governador e o secretário da educação – ambos candidatíssimos nas próximas eleições – o que importa é poder anunciar que esse governo ampliou o programa PEI, passando de 417 para 2.050 unidades, feito inédito no país. Traduzindo, “Em São Paulo, somos empreendedores. Votem em nós”! Na verdade, de olho apenas nas eleições, o governo não ampliou o programa, mas sim o inchou, deformou-o, prestando um desserviço aos alunos da rede pública estadual. De acordo com matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, dia 3/2/22, quase 14 mil crianças estão sem vaga para o 6º ano do ensino fundamental, como consequência daquela ampliação desfocada e improvisada. Não se sabe quando a situação será regularizada. De acordo com a Seduc (Resolução nº 11/22), por estarem faltando professores na rede, inclusive na PEI, Vice-Diretores, Professores Coordenadores Pedagógicos e Professores de Projetos, além de suas funções habituais, deverão assumir aulas/classes para suprir a falta de professores, mesmo que não tenham habilitação para essas aulas/classes. É o famoso “tapa-buraco”! E mais: na pressa, na ansiedade de anunciar o “fato inédito”, de olho nos votos, esqueceram-se da infraestrutura das escolas, que continuam sem funcionários. Todas elas! Portanto, tudo pela campanha ! “A eleição é o que interessa; o resto não tem pressa”! O PEI – Programa Educação Integral – ficou lá longe, no papel, no horizonte. Já a PEI – Propaganda Eleitoral Intensiva – está aqui do lado, prejudicando até alunos do 6º ano do ensino fundamental, que deveriam ser prioridade absoluta na educação básica! Educação pode até rimar, mas não combina com eleição. Educação tem de ser projeto de estado e não de governo. Sendo projeto de governo, dá nisso que estamos vendo e vivenciando!
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