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UDEMO | 07/02/22 | Atualizado em 7/02/22 12:15


- CORTIÇO EDUCACIONAL -

COLEGAS,

Denunciamos, na semana passada (“P E I - Propaganda Eleitoral Intensiva”), o fato de quase 14 mil crianças estarem sem vaga no ensino fundamental, sendo 4.300 delas apenas na Capital. Culpa da política de ampliação desenfreada das escolas de período integral com interesses antes eleitoreiros que educacionais. O caso repercutiu na imprensa, na Alesp, no Ministério Público Estadual e no Tribunal de Justiça. No sábado passado, dia 5, a Folha de São Paulo publicou nova e extensa matéria sobre o assunto (“Gestão Doria diz que vai abrir novas turmas e alocar temporários para matricular crianças”). Destacamos aqui alguns pontos dessa matéria. As alegações de que o problema foi gerado por migração de alunos das escolas privadas para as públicas e que os pais não matricularam seus filhos na época correta foram desmentidas. Declaração do governo: “Para atender as crianças que ficaram sem vaga no início deste ano letivo, o governo João Doria (PSDB) diz que está em busca de espaços nas escolas estaduais que podem ser usados para a abertura de turmas e que irá alocar professores temporários para atuar nas novas salas. Ou seja, não será construção ou locação de novos prédios, mas sim usar os já existentes, que mal comportam os alunos já matriculados. E contratar professores temporários para atuar nas novas classes. Mais casuísmos, mais improvisos, mais “jeitinhos”, tudo em detrimento da educação. Segundo a Seduc, “onde há espaço físico, vamos abrir mais turmas. Algumas escolas, por exemplo, têm laboratórios de informática que podem ser desativados para abrir mais salas". Com certeza, o mesmo irá acontecer com salas de leitura, outros laboratórios e bibliotecas (onde existirem). A Seduc vai ainda mais longe, anunciando que irá aumentar as turmas de alunos, o que significa colocar mais alunos nas salas de aula. Não podemos afirmar que essas medidas anunciadas pela Seduc são soluções paliativas, porque não são soluções, nem paliativas. Serão apenas um agravamento do problema. Inchando-se ainda mais as escolas, e aumentando o déficit das unidades, que já estão sem infraestrutura, sem funcionários, sem professores, e improvisando-se docentes inabilitados. As unidades escolares passarão de escolas precárias a cortiços, numa canetada. Nessa tragédia educacional, ainda há espaço para uma piada. Segundo a Folha, “o governador cobrou explicações do secretário de educação, Rossieli Soares da Silva”. Até parece que o governador não sabia de nada; como se o projeto não fosse uma armação política de ambos, de olho nas eleições! Dá para imaginar o governador afirmando: “eu não estou sabendo de nada; vou cobrar o Rossieli”. Não custa relembrar que essa tragédia está acontecendo no estado mais rico do país e na cidade mais rica do estado e do país.

Com essa (falsa) política de educação pública, com esse governo e esse secretário da educação, LÁ VAI SÃO PAULO, DESCENDO A LADEIRA...


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